sexta-feira, 5 de junho de 2009

NOVA MANDIOCA JARI TEM ALTO TEOR DE BETACAROTENO

(01/06/2009) Da Redação

Unidades da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas – BA) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) lançam na terça-feira (02/06) a mandioca de mesa BRS Jari. Fonte de energia, a nova raiz tem mais betacaroteno (precursos da vitamina A), um micronutriente importante para a saúde dos olhos.

O lançamento se dará dentro da agenda da III Reunião Anual de Biofortificação no Brasil (www.cpatc.embrapa.br/biofortbrasil/) entre os dias 31 de maio a 5 de junho, em Aracaju (SE). No mesmo dia, manivas de Jari serão distribuídas aos agricultores presentes na Estação Experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Nossa Senhora das Dores (SE).

A nova raiz é parte do Projeto de Melhoramento de Mandioca para Biofortificação que tem como metas enriquecer as raízes com altos teores de betacaroteno, baixar os teores de ácido cianídrico (que altera o pH do sangue) e aumentar a qualidade para consumo fresco no Nordeste brasileiro, pois segundo a pesquisadora Wania Fukuda, responsável pelo projeto, é uma alternativa para minimizar o déficit de vitamina A nas populações carentes.

As primeiras variedades geradas pelo programa, BRS Dourada e BRS Gema de Ovo, tinham metade dos teores presentes na cultivar Jari, que tem cerca de 9 microgramas/grama de betacaroteno nas raízes frescas. O objetivo é alcançar 15 microgramas/grama com boa qualidade para o consumo de mesa e boas características agronômicas.

“Com os diversos cruzamentos convencionais realizados, o programa conseguiu elevar em 100%, no período de três anos, os teores de betacaroteno, associados a baixos teores de ácido cianídrico das raízes, o que permite maior retenção e aproveitamento da vitamina A disponível”, diz a pesquisadora.

A Jari tem polpa amarelada é pouco fibrosa e consistente. Seu tempo de cozimento é igual a 25 minutos. As raízes têm características ideais de tamanho e forma para comercialização. “O consumidor prefere aipim com raízes curtas, de 20 a 30 centímetros, com é o caso da Jari”, explica Wania Fukuda.

O plantio da Jari deve ser feito no início das chuvas utilizando manivas selecionadas de 20 centímetros de comprimento e o campo deve ser mantido limpo por no mínimo 120 dias após o plantio. A cultivar é recomendada para colheitas entre 10 a 12 meses após o plantio. Com o uso de adubação e irrigação, a colheita pode ser feita a partir dos seis meses de idade. A nova variedade foi testada no Recôncavo Baiano (em Cruz das Almas e Santo Amaro/BA), nos Tabuleiros Costeiros de Sergipe (em Umbaúba) e em Pacajus (CE

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